terça-feira, 17 de abril de 2012

ONDE OS LIVROS VÃO


Meu amigo Hamilton Borges Walê milita em sua cidade natal, Salvador/BA, por um mundo melhor. Tive a honra de conhecê-lo aqui em BH, quando trabalhou por uns tempos na Secretaria de Cultura. Há umas semanas me disse que estava fazendo mediação de literatura nos presídios. Pedi ao Carlos Fialho que lhe enviasse alguns livros da nossa Jovens Escribas.
   Ontem Walê postou no Facebook: "Nossas e Nossos companheiros e companheiras por trás dos muros pedem para agradecer a Sérgio Fantini e a editora Jovens Escritores (sic) pela doação dos livros, nosso parceiro J. G. B. da Colonia Penal Lafaiete Coutinho leu todo o livro Silas e quer conhecer o autor... disse que quer ser escritor... eu disse: Já é, parceiro, já é."
  Saber que meu livro emocionou um leitor (ou ao menos provocou nele o desejo de me conhecer) é o que faz valer o  escrever e todos os gestos que se sucedem. São essas coisas, os amigos, e não "mulheres, dinheiro e fama".
   Ainda Hamilton Walê, no início de sua postagem:  "A Biblioteca Itinerante da Quilombo Xis continua circulando pelo sistema prisional, livros enquanto não vem a liberdade."

4 comentários:

  1. Que maravilha, Sérgio! É isso que vale a pena mesmo: emocionar um leitor. E que trabalho precioso realiza o Hamilton Borges Walê. Parabéns!
    Um abraço pra vocês dois.

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  2. Sérgio, são retornos como este que nos dão cada dia mais vontade de continuar escrevendo, não é mesmo? A leitura é transformadora, mágica. Meus parabéns ao Hamilton e a você!

    Beijos

    Márcia

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  3. E o mais importante: os livros vão... e ficam. Chistes à parte, esse trabalho do Hamilton é nota 10 e, com sua literatura, vai com um "com louvor". Parabéns!

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  4. Concordo com o velhinho! Isso mesmo, os livros marcam! Um trabalho de peso esse. Uma Literatura (ou Litera-luta!). Abraços!

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