quinta-feira, 8 de novembro de 2012

GIRO d'ITALIA - 2

  
 Faz tempo ouvir dizer que os italianos gostam tanto de sua língua que todos os filmes por lá têm legenda, é tudo dublado. Achei bonito, ufanismo deles. A realidade é outra...
   Nesta ida, pela Alitalia, madrugada insone, quis ver filme. (Em 2009, pela TAP, vi, legendados, Milk e Gran Torino.) Todos dublados! Apesar de saber um pouco de italiano, achei isso um porre, de cara. Lembrei daquele ufanismo antigo... Só queria ver uma bobagem qualquer para dar sono. Acabei vendo uma bobagem qualquer e treinando um pouco il mio sporco italiano
  Aí tive oportunidade de ver TV no hotel. Muito bom conseguir compreender o noticiário. Mas eis que vai começar um Law & Order. Insuportável! E era um episódio que eu já tinha visto... Aí aparece uma novela brasileira! Dei risada, tudo muito esquisito.
   Com todo respeito ao trabalho dos dubladores (crianças e adultos analfabetos precisam muito deles), acho que a dublagem, principalmente de bons filmes ou seriados, tira muito do prazer da obra, pois perde-se todo o trabalho de voz do ator. (Podemos brincar que para muitos atores pode ser um ganho (como Paulo Coelho ganhou ao ser traduzido - cf. Os dez pecados de Paulo Coelho, de Eloésio Paulo), mas imagine qualquer bom momento de seu ator favorito na voz de outra pessoa, em outra língua...).
   Voltando, agora, pela Alitalia, vi uma ótima ficção-documentário italiana sobre um atentado anarquista nos anos 1970.

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