quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

PÊMIO LITERÁRIO E O COLETIVO 21

DISCURSO DO ADRIANO MACEDO, COORDENADOR DO COLETIVO 21, NO LANÇAMENTO DO PRÊMIO "CIDADE DE BELO HORIZONTE" (texto pautado pelo grupo):

Em nome do coletivo 21,  gostaria primeiramente de agradecer ao convite para participar deste momento especial, a retomada do concurso nacional de literatura cidade de belo horizonte.
Neste momento não represento apenas os vinte autores do coletivo 21, mas também mais de duas centenas de nomes, entre escritores e profissionais da cadeia criativa do livro, que estiveram ao nosso lado na mobiliação pelo retorno dos concursos literários realizados pela municipalidade.
Um atributo fundamental das políticas públicas é a garantia de continuidade. E este prêmio não é importante apenas por ser o mais antigo e tradicional concurso literário do país, e por ter premiado e revelado poetas, contistas, romancistas, ensaístas e dramaturgos que se tornaram importantes no cenário literário brasileiro.
Além de consagrar talentos literários, concursos como o  cidade de belo horizonte também ajudaram a promover os seus realizadores, servindo de instrumento para reforçar nacionalmente a imagem da cidade e a reputação de secretários e prefeitos como gestores públicos sensíveis no trato com a cultura e a educação.
Ações desta natureza transmitem a mensagem de compromisso com os autores que refletem o mundo contemporâneo, a preocupação com a perenidade do "fazer literário", o incentivo à leitura e a democratização do conhecimento, além de fortalecer o principal elo da cadeia produtiva do livro, ou seja, a criação.
Participar deste momento, que é o resultado de um movimento coletivo, nos estimula a participar de maneira colaborativa e efetiva com a política da cidade voltada para a literatura.
O grupo coletivo 21 se sente realizado por ter contribuído com a cidade para a retomada do concurso literário e nos colocamos à disposição para ser um dos interlocutores da sociedade civil para a construção das políticas para a área, especialmente o plano municipal de livro, leitura, literatura e bibliotecas.
Gostaria de ressaltar também a importância do concurso joão de barro, especialmente numa cidade que é um pólo de criação e produção de literatura destinada às crianças e jovens.
É de fundamental importância que os dois concursos sejam definitivamente incluídos no calendário literário anual da cidade.
Gostaria ainda de remarcar mais uma vez a proposta do coletivo 21 para que o concurso nacional de literatura cidade de belo horizonte seja tombado como patrimônio cultural e espiritual da nossa cidade, especialmente num momento em que o prêmio completa sessenta e cinco anos.
Por fim, gostaria de deixar uma mensagem do grupo:
Mesmo que algumas pessoas a considerem a menos popular das artes - do ponto de vista comercial -, há que se reconhecer que a literatura perpassa a construção e a manutenção do imaginário regional e nacional, sendo, por isso mesmo, fundamental para firmar a identidade cultural dos povos, principalmente em tempos de globalização. Da oralidade ao texto impresso, em forma de livro ou adaptada para teatro, televisão e cinema, a literatura capta, registra e manifesta o modo de ser, agir e pensar do povo que a originou.

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