sexta-feira, 12 de abril de 2013

SOBRE CAPAS - 2

   As capas de meus primeiros livros de poemas eram muito singelas. Mas gosto de lembrar que: para a do segundo livro, minha irmã Rosa Maria fez, sem modelo, um desenho que me representa fielmente, de costas, caminhando com a bolsa cheia de livros a tiracolo; a de Bakunin tem desenho de Luis Maia; a de Carapuá tem desenho (e ilustrações) de Humberto Guimarães; a de Jogo Rápido (parceria com Murilo 'Byu' Sérgio) tem foto de Júlio Bernardes; a de Ô Minina!, tem desenho de um certo Adilson, de Brasília (estávamos em turmas num bar e ele retratou meu boné, anos antes), que nunca mais vi; a de Palpites Ltda é a mais interessante: eu tinha os poemas, mas não o título; uma noite, atravessando a rua da Bahia, vi um carimbo no chão e levei para casa; era este nome; meses depois vi que existia por ali uma lotérica chamada...
   A Baleia Conceição, infantil publicado pela Saraiva, tem capa e ilustrações de Suryara Bernardi, que me foi indicada pela Ciça Fittipaldi e que eu indiquei à editora. Ela era recém-chegada de Goiânia a BH e parece que já tem feito outros trabalhos por aqui.
   
   Em vários momentos contribuí para capas de amigos. Cito dois: Francisco de Morais Mendes finalmente iria publicar seu Escreva, querida, vencedor, sete anos antes, dos prêmios da prefeitura de BH e do estado de MG. Rômulo Garcias pensou em duas mãos sobre um teclado (se não me falha a memória); sugeri que ele apenas usasse as cores preta e vermelha, como a fita das máquinas de escrever. Ana Elisa Ribeiro finalizava seu agudo Fresta por onde olhar e sua irmã (se não me falha...) havia fotografado uma fechadura colonial. Sugeri que ela fosse mais minimalista (como os poemas): capa preta com uma fresta horizontal por onde o leitor lesse o título.

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