sábado, 7 de setembro de 2013

LIVROS À MÃO CHEIA

   Se bem me conheço, o desejo de comentar com vagar os livros de leituras mais recentes será postergado até que poeira demais encubra o desejo.
   Então, tomando o bom exemplo do cronista Alexandre Brandão, apenas relaciono aqui (para minha própria lembrança, claro, já que ninguém lê este blog mesmo) alguns bons livros que tenho lido:

- BARATO (Medusa), de Ricardo Pedrosa Alves: facefriend, poeta com imenso domínio de técnicas e cultura literária geral. Gostei especialmente da primeira seção, "Música mutilada".
- ORFANATO e GARAGEM LÍRICA (Annablume), de Marcelo Montenegro: sempre citado pelo Bortolotto, facefriend recente, meio que já somos amigos também. (Diz que tem meu Coleta seletiva guardado há uns anos.) Excelente poesia rocker-blusy-jazzy-junky... mas nada ingênuo: escrita de quem sabe como usar os instrumentos para tocar a canção a seu modo.
- SENTIDO SUSPENSO (Vale em poesia), de Cristiano Silva: me surpreendeu com a orelha: o autor é apresentado pelos locais (sempre periferias) em que morou e vive. Nos conhecemos em roda de cerveja com Eduardo Sabino e Rinaldo de Fernandes (havia mais um camarada...) no 'Lucas'. Textos em prosa poética, uma ira bílica ainda em estado de vulcão. Está fazendo minha oficina no LEP.
- FRAGMENTOS IMPERTINENTES (Leiditathi), de Moisés Augusto Gonçalves: uma das figuras mais marcantes na luta política de BH: criou o personagem Capetalismo, que ficava pelas ruas provocando a atenção do povo para os desmandos do poder. São dezenas de fragmentos em tons poéticos ficcionais com forte sabor autobiográfico.
- A LOUCA REVOADA DOS CHAPÉUS (Clube de autores), de Rui Werneck de Capistrano: contos/crônicas/ensaios na prosa sempre veloz deste multi-artista curitibano. Somos amigos há quase 30 anos e sou testemunha de que a produção dele não dá trégua. Um fenômeno que o mercado editorial não absorveria nem que tomasse conhecimento do que ele faz. Tem outros títulos disponíveis no site da editora.
- CORPÚSCULO NUM PLANO (Jovens escribas), de Daniel Liberalino: contos que deitam e rolam num humor às vezes escrachado, às vezes sutil, sempre usando conhecimentos de medicina e científicos.
- BARBA ENSOPADA DE SANGUE (Companhia das Letras), de Daniel Galera:
romance já muitíssimo bem encaminhado no mercado. Comentei algo sobre ele aqui no blog, mês passado. 
- O ESTRANHO NO CORREDOR (34), de Chico Lopes: conheci os contos de Nós de sombras há alguns anos, fiquei encantado com a perícia do autor. Agora, já tendo me tornado seu amigo, me deleito com a novela de ritmo perfeito, texto limpo com imagens bem definidas. 
- CONTOS BREGAS (Jovens escribas), de Thiago de Góes: livro conceitual: ele escreveu contos a partir de trechos de canções rotuladas como bregas. São histórias divertidas, emocionadas, crônicas do universo que aquelas letras tentam retratar.
- MALDITO SERTÃO (Jovens escribas), de Márcio Benjamim: contos, com ótima pegada literária, recriando temas populares "assustadores": almas penadas, mulas sem cabeça etc.
- O VERSO E O BRIEFING (Jovens escribas), de Clotilde Tavares: ensaio em que a autora analisa alguns folhetos de cordel feitos sob encomenda para publicidade de produtos, empresas, políticos, eventos etc.

Um comentário:

  1. Como assim "ninguém lê esse blog mesmo"? (risos). As dicas são valiosas. Um abraço.

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