quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

PRÊMIO LITERÁRIO

 

  O Prêmio "João-de-Barro" de literatura para crianças e jovens foi lançado esta semana (início de dezembro/2013). Sou da coordenação, ao lado de outros colegas da FMC. Este ano teremos duas categorias: apenas texto e livro ilustrado.
   Há duas novidades que merecem atenção: o fato de que não há mais distinção entre infantil e juvenil e este "livro ilustrado" (ambas desde a edição passada).
   Quando esta ideia surgiu, vários escritores se posicionaram contra (eu, inlusive). Nos parecia, então, que o prêmio estava apenas facilitando o trabalho das editoras; entregando de bandeja um produto quase pronto etc.
   Com o tempo, refletindo melhor e depois de receber as inscrições, manusear os originais (e ter a oportunidade de "ver com os olhos dos candidatos") e, principalmente, ver o livro vencedor editado por uma major, ficou claro que a ideia é muito boa.
   O livro para crianças não pode prescindir de um projeto gráfico específico. Isso já está mais que comprovado. Como disse o escritor e artista gráfico Cláudio Martins, ele não é apenas texto, mas o conjunto de conceitos que vemos, ao final, nas livrarias.
   O mercado é assim e o Prêmio, ao adotar essa categoria, cumpre de forma mais completa seu princípio: revelar novos autores e novas obras. Além do autor de texto, há também o autor do projeto gráfico e o autor das ilustrações (muitas vezes são apenas duas ou até uma pessoa só para as três funções). Para o autor do texto chegar ao mercado, o Prêmio o convoca a antecipar um processo, queimar uma etapa por conta própria.
   Não há uma facilitação para o mercado, mas para o/s autor/es, que terão uma oportunidade/produto mais próximo/s do mercado. 
   O que se pode ressalvar: o preço de se contratar projeto gráfico, ilustração e impressão de três vias pode ficar alto (quando não se tem uma coautoria, parceria). É fato, funciona um pouco como funil. Por isso decidimos manter a categoria de texto. Há oportunidades maiores.
   A não distinção entre infantil e juvenil ainda não está totalmente clara para mim. E a extinção do júri infantil ou juvenil também não me soa bem, mas são processos que vão sendo testados.

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