terça-feira, 21 de maio de 2013

AUTÓGRAFOS & SEBOS

 

 Para autografar Novella, decidi usar um lápis de que gosto, o 6B. Motivo? Fazer diferente, mas também costurar isso com o conceito do livro. Algumas pessoas estranharam, outras entenderam, houve quem exigisse, em vão, a caneta.
   Há histórias e histórias sobre autógrafos. Um série clássica é o autor esquecer o nome do leitor, que pode ser um amigo que andava sumido ou o editor do livro. Passei por isso, é fogo. A amiga (que eu via todo fim de semana), ficou um mês sem falar comigo.
   Bernard Shaw encontrou um livro seu num sebo, autografado. Não teve dúvida: comprou o exemplar e enviou ao amigo "com renovados votos de estima..." Eu comprei um do Sérgio Sant'Anna com autógrafo "a meus queridos fulano e sicrana". Hoje este livro tem um autógrafo para mim também, mas não deixei o xará saber.
   Sabendo que minha amizade com A estava abalada, B, nosso amigo em comum, me deu um livro de A, autografado para ele, pois sabia que era a única forma de eu conhecer o novo trabalho de A. Tenho o livro, portanto, autografado para B e para mim.
   Dia desses, com muita falta do que fazer, pesquisei na Estante Virtual meu nome. Havia vários exemplares de meus livros lá (acabo de checar: http://www.estantevirtual.com.br/q/sergio-fantini). Pensei em comprar alguns Materiaes, mas me contive: "e se um deles estiver autografado para algum amigo?" Decidi que seria péssimo, para mim e para o amigo. Prefiro acreditar que os livros também têm seu caminho, e o sebo, as bibliotecas comunitárias e públicas, a reciclagem e o lixo estão neste percurso. 
   Prefiro escrever mais.
  
  

segunda-feira, 20 de maio de 2013

EXEMPLOS DE NATAL

   Mais uma participação no "Ação Leitura", ótima iniciativa de Carlos Fialho (Jovens Escribas), com apoio do SESC, em Natal. Dei uma oficina de leitura de contos e fui a duas escolas conversar com estudantes, ao lado de Ana Elisa Ribeiro, depois com Daniel Galera. A "Ação" foi maior que isso, bem maior. Em sua terceira edição, movimentou centenas de pessoas, com lançamentos de livros, saraus, palestras... 
   Este é um dos exemplos: uma microeditora que se articula bem e realiza um evento de porte municipal, com qualidade de conteúdo e profissionalismo.
   Outro: sexta-feira, lançamento de Galera na Livraria Nobel. Pequena, bem leiautada, tem uma sala onde se realizam cursos de desenho e quadrinhos, sala de leitura, café e, o mais importante: uma parede exclusiva para os autores locais (predominância da JE). Num universo em que os espaços nas vitrines são vendidos por preços altos, Kátia reserva um espaço para a literatura contemporânea natalense.
   E pude ver o escritor e editor Carlos Henrique Schroeder levando uma caixa de livros da Editora da Casa para trocar por títulos da JE. Esta é uma ideia básica que movimentará centenas de livros pelo país: um rede de troca (ou compra/venda) entre as pequenas editoras.
   
Links: 
http://www.jovensescribas.com.br/
http://www.jovensescribas.com.br/acaoleitura/
http://www.editoradacasa.com.br/